ESCOLA DE INCLUSÃO: LABS-STEAM

É hora de me despedir …

Postado por cristinadelou em 23/ago/2020 - Sem Comentários

É hora de me despedir da Escola de Inclusão. Uma tarefa foi iniciada na UFF há 11 anos. Uma marca foi criada e agora é hora de reformulá-la. Muitos professores foram formados e aprenderam efetivamente a escrever em Braile, a sinalizar em Libras, a preparar materiais didáticos acessíveis táteis e significativos para diferentes públicos, a utilizar tecnologias da informação e da comunicação e a operar com robótica educativa. Cursos de Verão e de Inverno para Alunos Superdotados. Teses de Doutorado, Dissertações de Mestrado, Monografias de Especialização e de Graduação foram produtos que encontraram repercussão na Escola de Inclusão. A primeira sede foi localizada no Espaço UFF de Ciências, ocupando o depósito cedido pela Profa. Dra. Gerlinde Agate Platais Brasil Teixeira, localizado à R. Prof. Heitor Carrilho, 11 – Centro, Niterói, RJ. Este período foi muito importante para o estreitamento de laços e a oferta de disciplinas eletivas no IB. A segunda sede foi na Casa do Estudante Fluminense, localizada à Rua Professor Hernani Mello, 2, Centro, Niterói, RJ, durante o período de permanência do Núcleo Sensibiliza UFF coordenado pela Jornalista Aposentada Lucília Machado, no mesmo local. Este período foi muito importante também devido a aproximação com a PROAES durante a gestão do Pró-Reitor de Assistência Estudantil, Prof. Dr. Sergio Mendonça. A 3ª, e sede atual, foi localizada no Campus do Gragoatá da UFF, à Rua Professor Marcos Waldemar de Freitas Reis, Bloco P, Térreo, São Domingos, Niterói, RJ. Esta sede foi negociada, diretamente, com o então Magnífico Reitor da UFF, Prof. Dr. Sidney Mello. A inauguração foi realizada na presença do então Vice-reitor, atual Magnífico Reitor da UFF, Prof. Dr. Antônio Claudio Lucas da Nóbrega. Foram 11 anos de atendimento a muitos professores desejosos de adquirir uma nova forma de atuar na escola com alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, hoje chamados de transtornos do espectro autista, e altas habilidades ou superdotação. Forram anos de trabalho para sensibilizar aqueles que nunca tinham visto nada sobre acessibilidade, planejamento diferenciado, políticas públicas de educação especial para atender às políticas de inclusão. Foram anos de estabelecer novas amizades e consolidar outras, formando um novo tipo de família: a família social que também pode ser chamada de espiritual por conta dos valores voltados para o bem que nos unem. Na Escola de Inclusão surgiu a primeira demanda reprimida formada por professores que queriam estudar mais, fazer pesquisa para levar à prática profissional da Educação Especial de forma mais consistente para a escola. Foi quando surgiu a ideia de transformar a Escola de Inclusão no Curso de Mestrado Profissional em Diversidade e Inclusão (CMPDI). A primeira parceria com a Dr.ª Helena Carla Castro, do Instituto de Biologia (IB) tinha dado certo. Será que que o IB aceitaria abraçar a causa do segundo projeto? Aceitou e lá fomos nós preencher o APCN da CAPES. Fomos aprovados e a primeira turma foi lançada no ano de 2013. E o inevitável aconteceu. Quem forma professores em níveis intermediários, cria demanda reprimida. Surgiu a demanda pelo doutorado. A pergunta que não queria calar era: curso profissional ou acadêmico? O APCN para o Programa de Doutorado Acadêmico em Ciências, Tecnologia e Inclusão (PGCTIn) foi submetido à CAPES. O curso foi aprovado em outubro de 2018. Eu estava participando do IV Encontro Internacional do GIEI, na Universidade Distrital de Bogotá que ocorreu entre os dias 03 e 05 de outubro de 2018, em Bogotá, Colômbia. GIEI significa Grupo Interdisciplinar de Educação e Inclusão, rede de cooperação internacional formada por pesquisadores que institucionalmente se associam em atividades por mais acessibilidade e inclusão, sob a coordenação da Dra. Liliana Angel Vargas, Coordenadora de Relações Internacionais da UNIRIO. Foi a própria Dra. Liliana quem anunciou para o público que um novo curso de doutorado havia sido aprovado no Brasil para formar novos pesquisadores. Os aplausos nos emocionaram a mim e a Dra. Edicléa Mascarenhas Fernandes que também participava do Encontro. Neste anos de 2020, selecionamos os alunos para a 2ª turma do PGCTIn e estamos, agora, nos preparando para selecionar a 8ª turma do CMPDI. mas nada disso teria sido possível sem a colaboração e o apoio dos Diretores do Instituto de Biologia, da UFF, desde 2009: Dr Roberto Campo Villaça (2005-2009); Dr. Dr. Saulo Cabral Bourguigon (2010-2014); Dr.ª Izabel Paixão (2015-2019); Dr. Saulo Cabral Bourguigon (Diretor Atual); e dos Vices-Diretores: Dr Roberto Campo Villaça (2010-2014); Dr.ª Valéria Laneuville (2015-2019); e a incansável Dr.ª. Helena C. Castro (Vice-Diretora Atual), a quem eu devo tudo o que foi feito para que as práticas pedagógicas na UFF fossem mais humanizadas, logo inclusivas, desde 2006. Mulher diferenciada entre seus pares, capaz de exercer liderança criativa, inovadora, arrojada, corajosa, destemida. Agora, então, é hora de passar o bastão. A Coordenadora será minha orientanda de doutorado me parceria com a Dr.ª Izabel Paixão, no curso de Pós-Graduação em Ciências e Biotecnologia, Profa. Dr.ª Fernanda Serpa Cardoso, que defendeu a tese “Rede de Interações como Possibilidade para o Desenvolvimento de Pessoas com Altas habilidades e Vocações na Área de Biotecnologia, obtendo seu título no ano de 2016, e como Vice-Coordenadora, a Prof.ª Mestre Tathianna Prado Dawes, que foi orientada pela Profa. Dr.ª Luciane Fragel Madeira e defendeu a dissertação “Produção de material didático: comunicação, interação e estimulação da LIBRAS no museu itinerante Ciências Sob Tendas”, obtendo o título em 2015. Atualmente, a Profa. Tathianna cursa o Doutorado em Estudos de Linguagem, no Instituto de Letras da UFF, sob a orientação das Profªs. Drªs. Mônica Maria Guimarães Savedra e Wilma Favorito. São novos tempos para a Escola de Inclusão. Tempos de renovação. Tempos de Inclusão. Sou grata a todos os que me apoiaram para colocar em prática um sonho, a todos as barreiras que encontrei no caminho pelas estradas da vida porque elas me tornaram mais resiliente, a Deus porque me deu forças para não desistir diante de nada e me ajudou a que no autoconhecimento eu descobrisse capaz de realizar projetos na área da Educação Especial. Obrigada Helena, porque nada disso teria se realizado sem você.

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